O público alvo é formado por crianças de 15 meses que já
tenham tomado a primeira dose da tríplice viral. Com a nova vacina, o
Ministério pretende reduzir as internações por varicela (catapora) O Ministério
da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), passa a oferecer a
partir deste mês de setembro, em toda a rede pública de saúde, a vacina
varicela (catapora) incluída na tetra viral, que também protegerá contra
sarampo, caxumba e rubéola. A nova vacina vai compor o Calendário Nacional de
Vacinação e será ofertada exclusivamente para crianças de 15 meses de idade que
já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. Com a inclusão da
vacina, o Ministério da Saúde estima uma redução de 80% das hospitalizações por
varicela (catapora).
“Com apenas uma injeção o Brasilvai poder proteger suas
crianças contra quatro tipos de doenças. Hoje, temos dados que mostram que
quase nove mil pessoas são internadas por ano pela varicela e temos mais de 100
óbitos. Além disso, facilita o trabalho dos profissionais e traz economia, pois
usa-se apenas uma agulha, uma seringa, um único local de conservação”, declarou
o ministro Alexandre Padilha.
Com a tetra viral, o SUS passa a ofertar 25 vacinas, 13
delas já disponibilizadas no Calendário Nacional Vacinação. Foraminvestidos R$
127,3 milhões para a compra de 4,5 milhões de doses por ano. A população deve
se informar no posto de saúde mais próximo para saber se a vacina tetra viral
já está disponível. Isso porque alguns municípios ainda estão adequando a
rotina à nova vacina, por causa da necessidade de capacitação dos profissionais
para administração da dose ou pela dificuldade de distribuição para as salas de
vacina em locais de difícil acesso. A previsão é que todas as 34 mil salas de
vacinação distribuídas no Brasil estarão ofertando as doses até o final do mês.
A vacina tetra viral é segura - tem 97% de eficácia e
raramente causa reações alérgicas. Não haverá campanha de vacinação, pois a
vacina tetra viral será disponibilizada na rotina dos serviços públicos em
substituição à segunda dose da vacina tríplice viral. A vacina evita
complicações, casos graves com internação e possível óbito, além da prevenção,
controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.
PARCERIAS - A produção nacional da vacina tetra viral é
resultado da parceria para transferência de tecnologia entre o laboratório
público Bio-Manguinhos e o laboratório privado britânico GlaxoSmithKline (GSK).
Nos acordos de transferência de tecnologia, firmados pelo Ministério da Saúde,
a produção se dá por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP),
feito com os laboratórios públicos. Nessa parceria, os laboratórios da rede
privada, são responsáveis por produzir o princípio ativo e transferir a
tecnologia. Como contrapartida, o governo garante exclusividade na compra do
medicamento por cinco anos. Esta é a sétima parceria entre o laboratório
privado GSK e o laboratório público Bio-Manguinhos. Desde 1980, os laboratórios
produzem juntos as vacinas poliomielite, Haemophilus influenzae tipo b (Hib) –
que causa meningites e outras infecções bacterianas –, tríplice viral,
rotavírus, dengue e pneumocócica conjugada, que protege contra a pneumonia e
meningite causada por pneumococo.
Ao total, estão em vigor 35 PDPs para a produção de 33
produtos, sendo 28 medicamentos e quatro vacinas. As parcerias envolvem 37
laboratórios, 12 públicos e 22 privados, nacionais e estrangeiros.
Por Aline Reis, da Agência Saúde – ASCOM/MS